Para chegar a um acordo com a categoria, o governo se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses e facilitar o financiamento de caminhões
Por Danilo Macedo, da Agência Brasil
Após reunião no Ministério dos Transportes, que
durou toda a tarde e noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros
chegaram a um acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federias.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos
(CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo
governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de
negociação.
Pela proposta, o governo promete
sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento
de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e a criação, por meio de
negociação entre caminhoneiros e empresários, de uma tabela referencial de
frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo
atue na mediação com os empresários.
O presidente da CNTA considerou
que o acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno,
os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da
gravidade que se encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos
caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”, disse
Diumar, ressaltando no entanto que não poderia garantir o fim dos bloqueios.
O ministro dos Transportes,
Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou após a assinatura do acordo que ele só será
cumprido sob a condição do fim dos protestos. “Só vai ser cumprido o que nós
combinamos na hora que for liberadas as estradas”, ressaltou. “Eu acho que a
partir de agora as estradas já estão sendo liberadas”, completou.
As manifestações dos
caminhoneiros, que terça-feira (24) tiveram reflexo em mais de dez estados, já
provocam desabastecimento, especialmente de combustível, em algumas cidades.
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